Promovendo saúde atráves do
equilíbrio emocional

A infância e adolescência são fases onde muito sentimentos e emoções afloram, gerando dúvidas e descobertas que podem causar inquietação e, em casos mais graves, ansiedade. Nestas etapas tão significativas dentro do processo de desenvolvimento do ser humano, a identificação de emoções permite um processo de regulação emocional, essencial para evitar transtornos futuros.

A promoção de Saúde Mental se inicia com a elaboração de um protocolo cuidadosamente desenhado para o treino de habilidades, gerenciamento de emoções e respostas funcionais, guiando a criança e o adolescente na construção de comportamentos saudáveis.

Regulação
EMOCIONAL

Conforme Robert L. Leahy, 2013, as emoções nos levam a fazer mudanças significativas em nossas vidas, em função a uma avaliação constante que permita verificarmos se estamos satisfeitos.

Para isso, a identificação de emoções tem que compreender um conjunto de processos sobre a experiência vivenciada, tais como: avaliação do problema, identificação das sensações, intencionalidade de nossas ações, sentimentos, comportamento motor e componente interpessoal.

Se diante de desafios, percebe-se que as respostas não são funcionais para solução do problema, causando aflição e intensificação de emoções, o resultado pode ser comportamentos compulsivos ou de fuga, tais como: comer em excesso, uso de drogas, entre outros, como uma forma de reduzir as sensações de angústia, raiva, tristeza, medo e vergonha. Isto chama-se desregulação de emoções.

Nestes casos, a terapia utiliza-se de técnicas de manejo de estresse, intervenções com atenção plena (mindfulness), relaxamento e técnicas de reestruturação cognitiva e resolução de problemas, estabelecimento de metas, tolerância as emoções e afetos, incentivando a auto validação.

Estas ações geram bem estar emocional e físico e uma vida mais prazerosa, melhorando sensivelmente a qualidade de vida.

Referências:
Leahy R; Tirch D; Napolitano L. Regulação emocional em psicoterapia. Um guia para o terapeuta Cognitivo Comportamental, 2013. Porto Alegre: Artmed.331 pp.

VALIDAÇÃO EMOCIONAL DOS PAIS
com os filhos.

Validação emocional é a capacidade de reconhecer e aceitar seus sentimentos e das outras pessoas. Nos relacionamentos interpessoais é uma das formas de demostrar o quanto nos importamos com o outro, aproximando-nos e reforçando nossos elos com aqueles que vivem em nossa volta.

Esta prática ajuda a fortalecer laços e a compreender melhor os momentos e desafios que as pessoas estejam passando. No âmbito familiar, este é um papel fundamental e de extrema importância no relacionamento entre pais e filhos.

Em nosso dia a dia, mesmo sem perceber, nos deparamos com a invalidação de nossos sentimentos, reprimindo ou desvalorizando sentimentos, o que geralmente nos faz sentir piores. Neste caso estamos diante de um processo totalmente inverso ao acolhimento e validação dos sentimentos diante das situações vivenciadas.

Validar não precisa de compreensão ou concordância completa com o sentimento. Basta ter o entendimento de sua importância no bem estar de si mesmo ou de nossos filhos.

Devemos ter sempre em mente, que aquele sentimento que o outro esteja passando, tem a importância devida para ele e que minimizar isto não faz com que o mesmo se sinta melhor. Saber se comunicar e se colocar no lugar do outro, entendendo suas condições e limitações em lidar com o tema e apoiá-lo na solução ou no melhor entendimento sobre o ocorrido.

No caso de pais e filhos, uma boa comunicação é de extrema importância na construção de uma relação saudável, influenciando na educação, tornando mais fácil para eles compreenderem e refletirem sobre o que lhes é transmitido.

Com isto, tornamos a relação e a convivência da família mais tranquilas, agradáveis e enriquecedoras, favorecendo o bem-estar de todos e tornando modelos a partir de boas práticas dos pais.

Importante estar atentos a algumas práticas, como:

Organize-se, procurando encaixar momentos para se dedicar melhor à comunicação com os filhos.

Propague o diálogo em família, conhecermos as necessidades e anseios do outro, permite nos reconhecermos também. Ainda, estas conversas e atitudes, demonstram que os pais estão atentos e que se importam com as particularidades dos filhos.

Corrigir as vezes é preciso, faz parte do processo de educação dos filhos, mas mostrando-se disponível para discutir, conversar, explicando claramente os motivos na oportunidade de mudanças para atitudes conscientes ao invés de automáticas, otimizando a qualidade de vida e o desenvolvimento das metas propostas, evidenciando que você está ali para ajudá-los no que for preciso.

Valorize as qualidades e ideias através de elogios e comentários positivos.

Por fim, a validação das emoções e uma boa comunicação entre pais e filhos favorece a toda a família, proporcionando trocas de experiênacias e muito aprendizado para ambos os lados.c.

POr que validar?

Validação melhora os relacionamentos entre pais e filhos

Indica que estamos atentos ao outro, estamos compreendendo o que diz sem julgamento, podemos cuidar da relação e não concordar sem entrar em conflitos.

Referências:
Rathus Jill H. Miller A. Linehan M. DBT skills manual for adolescentes. 2015, New York: Guilford Press. 392pp.